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17 de junho de 2011

E a saudade?...

De fato, estou presa ao passado, triste ou feliz, estou presa. Num passado que é só meu, com sentimentos meus. É bom e ruim ao mesmo tempo. Nos últimos dias, as pessoas perguntaram com frequencia o motivo de eu estar fechada em um mundo só meu. Explico aqui. Realmente eu estive reservada... com saudade do que não volta, de fases, pessoas, lugares, sentimentos, liberdades... E hoje, escutando algumas musicas que costumava ouvir e fazendo uma limpeza na gaveta dos "esquecidos", quase chorei. Senti tudo outra vez.
Do tempo em que eu era criança, brincando despreocupada até escurecer, sem noção alguma de tempo, aquele cheiro de mato, infância mesmo. Hoje, ali fora de casa, voltei, em lembranças, pra essa fase. Por que temos que crescer? Estou começando a achar que isso é doença... EU QUERIA CONSEGUIR ESCREVER O QUE EU REALMENTE SINTO , O QUE EU PENSO. É pedir demais? Caramba.
Infância, saudade.
Amigos, saudade.
Escola, saudade.
Professores e colegas, saudade.
Férias, saudade.
Aquele começo, saudade.
Eu vivo em saudade constante de tudo o que me fez feliz.
Não quer dizer que não adore o presente, apenas que amo o passado.
Já sentiu aperto no coração e frio na barriga ao lembrar? Pensar que nada volta? Então, pare aqui mesmo.
E a vida? É só uma, ok, e bla blá blá, nós já sabemos, eu e voce, nós sabemos.
Mas... e o verdadeiro valor? Como chegamos até aqui? Como nos tornamos o que somos? Por que nada volta? Por que partir, deixar pessoas e lugares? Por que não podemos ter tudo, todos e qualquer lugar pra sempre? Por que dizem que nada é impossível, se tá aí uma coisa que realmente nunca vai acontecer?
Eu quero voltar, errar onde errei, sorrir, chorar, fazer tudo exatamente igual e voltar aqui, sei que isso tambem vai passar e deixar saudade. Não reclamo, apenas tento me expressar e aquela angustia que residia no meu coração quando comecei a escrever, já não é tão intensa.
Sabe aquela gaveta do começo dessa postagem? Então, separei tudo o que realmente me tras lembranças e guardei em uma caixa bem fechada, longe. Mas onde sei que quando precisar, vou achar.

E assim eu enterro tudo que eu puder amar.